Recalculando a rota

O título do post nada mais é do que o nome do livro que uma amiga minha de infância acaba de lançar (orgulho!!!!).
Sempre estudamos juntas, nunca fomos grudadas, mas sempre do mesmo grupinho de "amiguinhas". Eu sempre soube que o nosso "santo batia" de uma forma diferente, especial. Mas criança nem sempre sabe identificar essas coisas ou fazer algo a respeito delas.
Nossos caminhos foram pra lugares diferentes, mundo afora e nos reencontramos no ano passado, com o grupo das outras "amiguinhas" graças ao Facebook.
Agora ela lança um livro. Simples assim!!!

Recalculando a rota- Alana Trauczynski.

Comecei a lê-lo hoje vou terminá-lo hoje ainda.

Já escrevi pra ela quando lia a página 121:

"Oi! Queria dividir contigo uma coisa...Estou na pag 121 do teu livro, adorando...mas o que me chama atencao eh o qto eu me vejo nas tuas historias e nas tuas palavras...por alguma razao lembrancas dos tempos de escola me vieram a cabeca e estou pensando em como as vezes reencontramos amigos pra descobrir que talvez nunca deveriamos ter ficado longe deles. Nunca fomos grudadas, mas lendo teu livro vejo q temos muito em comum. Essa sede por conhecer o mundo e nos conhecermos, essa intensidade nas coisas que fazemos, essa curiosidade e ao mesmo tempo essa carencia do conhecido. Enfim, to divagando aqui, mas so queria te dizer que espero um dia termos a oportunidade de sairmos as 2 pra conversarmos da vida, trocar historias. Ate amanha! Bj gde e parabens!!! Ja vou comprar uns 5 mais pra dar de presente!"

"Maravilha Lariiiiii, esse feedback das pessoas é o q me faz acordar feliz todos os dias! Sempre soube q tínhamos muito em comum e sempre te admirei muito a distancia, já q ao menos profissionalmente não eras tão perdida quanto eu! Rsrs. Nos vemos amanhã e conversamos mais! Beijo grande e obrigada por escrever. É muito importante pra mim!"


Estou me deleitando e me identificando mais e mais com o livro. Amanhã temos um encontro das "meninas da escola", grupo de primeira série do primeiro grau mesmo e mal posso esperar pra dar um beijo e um abraço bem apertados na Alana.
Por agora, divido trecho q acabei de ler e que abriu uma porta nas minhas emoções:

"Eu me senti preparada para encarar os meus medos mais profundos e começar a ver o Brasil como o lugar ao qual eu pertencia. Estava pronta para escrever o livro e ficar perto da minha família, meus grandes companheiros de jornada. Meu coração me dizia pra voltar. Eu estava certa de que este era um caminho do coração. Nesse momento, estava livre do medo e não tinha muita ambição, afinal, estava trocando a vida confortável pela dúvida. Mas estava farta daquele mundo e pronta pra mergulhar no meu próprio ser. A tocha da minha vida havia queimado mais intensamente do que a pira olímpica e eu estivera sendo a atriz principal de um filme que já não me interessava mais. Os prazeres, os tesouros e glórias do mundo já não despertavam meu interesse nem representavam a verdadeira felicidade. Eu queria que tudo na minha vida, incluindo meu trabalho, refletisse quem eu realmente era.
"A ação de caminhar dissolve os apegos do mundo", li certa vez em algum livro. Percebi como verdade. Depois de viajar muito, chega um momento em que você se considera o seu maior patrimônio. o ato de deixar pra trás muitas coisas, muitas vezes, gera um tremendo desapego. Você vê que, no final das contas, não precisa de nada. Cada vez que eu chegava com uma malinha em qualquer lugar, uma vida nova se apresentava. As lições que aprendi, as pessoas que conheci e as experiências que vivi eram meus únicos tesouros. Foi muito duro dizer adeus dessa vez. Todos aqueles que eu mais amava ficaram comigo até o último minuto, até aquele último abraço antes de entrar na sala de embarque, até a última lágrima."