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Thanks Barbara, mi "chilenita preferida"! TQM (te quiero mucho).
De tu amiga, "la artista" sensible! ;) L.
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O canoeiro e o rio
Subiu na canoa assim como se fosse por determinação. Ali ficou ainda, segurando firme o remo, pensando no momento exato de começar e só. Não era a cheia, mas já era tempo. O que é certo cada um sente na alma, não depende de nada não. O encontro. Diante dele, imenso, profundo, o rio.
Respirou uma vez, de remo, de tudo, e lançou-se todo. A canoa remando. Cruzando o rio fundo, como se cruzasse um espelho de nuvens para sete anos de muita sorte. Respirando intenso, a cada remada mais. Ele, o remo, o rio. Intensamente tanto, até que cada um perdesse toda sua importância para nascer de novo em uma importância toda, correndo ainda sem saber aonde chegar, e dando por vezes conta que era ali mesmo.
Ali veio. A margem, uma, depois a outra. O rio colorido de dourado no reflexo do sol se pondo, infinito. Encostou a canoa no meio. Escolher a margem parecia difícil, difícil ir, difícil ficar. Doeu-se. A dor é porque em toda escolha existe uma desescolha, e sempre seria muito difícil desescolher o tanto que existe em uma margem, ou em outra, para com isso conseguir optar por uma das duas. Mas olhando o correr do rio, sentiu que era preciso. Afinal, o que seria de um rio, se ele não encontrasse uma margem, e depois a outra, para com elas fluir intenso?
Descansou. De canoa, remo e tudo, encostou a uma margem. Ansiava já pela hora de um novo encontro. Porque, no ir e vir do rio, são só os encontros que valem, e isso faz valer tudo.
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